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Bem vind@ a página de anTONio MARtins MELo (TON MARMEL), Advogado pós-graduado em Direito Público, Artista Visual, Arquiteto da própria vida, que tem a missão de oferecer serviços jurídicos experientes, consultoria, defesa, acompanhamento processual com conhecimento de excelência, criatividade, segurança e eficiência.
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terça-feira, 16 de abril de 2024

Síndrome da Alice no País das Maravilhas

 "SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: Uma grave doença neurológica. 

 

 


 

 A síndrome de Alice no País das Maravilhas pode parecer uma doença inventada, mas, embora seja muito rara, é uma síndrome real e afeta certos indivíduos. A doença, também chamada de síndrome de Todd, se manifesta através de um ou outro sintoma, ou de ambos: autopercepção e processamento visual. Isso significa, essencialmente, que os cérebros das pessoas com a síndrome sofrem interrupções que levam a uma percepção alterada de si mesmos e do mundo exterior. Essas percepções são muitas vezes de tamanho e distância.


A síndrome de Alice no País das Maravilhas é uma condição neurológica rara que interrompe temporariamente a capacidade do cérebro de processar a entrada sensorial, afetando a forma como o órgão percebe as coisas. Isso inclui distorção sobre o tamanho das coisas, o próprio corpo e outros elementos da realidade.


As origens do nome - A condição foi nomeada pelo psiquiatra inglês John Todd em 1955, em referência ao livro de Lewis Carroll de 1865, 'Alice no País da Maravilhas'. Isso porque quem sofre com a condição passa por situações semelhantes às vividas pela personagem principal da história, Alice.


O QUE ISSO AFETA? A síndrome pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adolescentes. Pessoas com certas condições relacionadas ao cérebro também são mais propensas a sofrer de síndrome de Alice no País das Maravilhas.


COMO A SÍNDROME SE MANIFESTA? A forma como a síndrome de Alice no País das Maravilhas se manifesta pode ser dividida em três categorias. Uma delas é através de distúrbios na autopercepção. É quando as pessoas têm uma percepção incorreta do próprio corpo, no que diz respeito ao tamanho e à sensação. Isso pode afetar todo o corpo, ou apenas partes específicas.


Outra forma de manifestação da síndrome é através de distúrbios no processamento visual. É assim que o cérebro das pessoas processa as coisas que elas veem. Esta é a maneira mais comum da síndrome afetar as pessoas.




SINTOMAS DE AUTOPERCEPÇÃO - O principal sintoma é quando uma pessoa experimenta mudanças na percepção de seu próprio corpo. Por exemplo, uma parte do corpo pode parecer muito grande (macrosomatognosia parcial) ou muito pequena (microsomatognosia parcial).


O corpo inteiro também pode parecer muito alto (macrosomatognosia total) ou muito curto (microsomatognosia total).


A desrealização também pode ocorrer. Esta é uma forma de dissociação onde as pessoas se sentem desconectadas do mundo ao seu redor.


A despersonalização, outro tipo de dissociação, também pode ser um sintoma. É quando a pessoa se sente desconectada do próprio corpo e mente, como se estivesse experimentando a própria vida em terceira pessoa.


A dualidade somatopsíquica, ou a sensação de ter o corpo dividido em dois, também pode ocorrer.


Assim como uma interrupção no sentido de tempo, onde as pessoas relatam que o tempo está diminuindo ou acelerando.



SINTOMAS DE PERCEPÇÃO VISUAL - Os sintomas de percepção visual são os mais comuns em pessoas com a síndrome de Alice no País das Maravilhas. Uma das mais recorrentes são as mudanças percebidas no tamanho dos objetos. Estes podem parecer maiores (macropsia) ou menores (micropsia) do que realmente são.


Outro sintoma comum de percepção visual são as alterações na distância. É quando os objetos parecem estar mais próximos (pelopsia) ou mais distantes (teleopsia) do que estão.


Mudanças no tamanho e na distância também podem ocorrer. Um exemplo seriam objetos que parecem menores e parecem estar se afastando mais (porropsia).


As pessoas também podem parecer menores do que realmente são. Isso também é conhecido como alucinação liliputiana, uma referência aos pequenos moradores de Lilliput no romance de Jonathan Swift 'As Viagens de Gulliver'.


Outra síndrome de percepção visual são as alterações na aparência do objeto. É quando há distorções percebidas em objetos e linhas (que podem parecer onduladas).




CAUSAS - As causas da síndrome de Alice no País das Maravilhas permanecem desconhecidas, mas uma coisa que sabemos é que a enxaqueca é um dos gatilhos mais comuns. Isso é especialmente verdadeiro na presença de uma aura de enxaqueca. Outros tipos de dores de cabeça também podem desencadear a síndrome.


Infecções virais, como vírus Epstein-Barr (EBV), influenza tipo A ou H1N1, varicela (varicela e herpes zoster), febre tifoide, escarlatina e doença de Lyme, são as causas mais proeminentes da síndrome em crianças.


Pessoas que sofrem de condições que causam convulsões (por exemplo, epilepsia) também podem experimentar a síndrome de Alice no País das Maravilhas.


A perda repentina de suprimento de sangue para o cérebro, que pode acontecer com derrames, também é um possível gatilho. Assim como os tumores cerebrais.


Algumas condições de saúde mental, como esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtornos depressivos, podem desencadear a síndrome de Alice no País das Maravilhas.


Certos medicamentos (por exemplo, dextrometorfano, dihidrocodeína e topiramato), bem como drogas recreativas (especialmente alucinógenos), têm sido associados a episódios da síndrome.




DESENVOLVIMENTOS RECENTES - Os pesquisadores estão um passo mais perto de entender as raízes da doença. Em 2024, cientistas realizaram um mapeamento de rede de lesões, onde compararam varreduras cerebrais de pessoas com síndrome de Alice no País das Maravilhas com varreduras de pessoas saudáveis. Eles descobriram que mais de 85% das pessoas com a síndrome tinham lesões que afetavam duas áreas do cérebro: a responsável pelo processamento visual e a usada para julgar o tamanho.


DIAGNÓSTICO - Embora não haja critérios formalmente estabelecidos para diagnosticar a síndrome, os profissionais de saúde podem realizar certos testes, mesmo que para descartar outras condições, inclusive exames de imagem (por exemplo, tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc.).


Outros testes podem incluir um EEG (eletroencefalograma) para verificar a atividade elétrica do cérebro.


Um exame chamado Potencial Evocado Visual (PEV) também pode ser conduzido. O teste analisa os sinais que os olhos enviam ao cérebro.


Não há tratamento (nem cura) para a síndrome de Alice no País das Maravilhas, a não ser o controle dos sintomas."

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Fontes: (Medical News Today) (Cleveland Clinic) (IFLScience) (medRxiv) 

Imgem: Getty Images ©Shutterstock

https://www.msn.com/pt-br/saude/other/s%C3%ADndrome-de-alice-no-pa%C3%ADs-das-maravilhas-uma-grave-doen%C3%A7a-neurol%C3%B3gica/ss-BB1kGD9g?ocid=msedgntp&pc=ACTS&cvid=b0f1e814948549b8abc1d2ad509e1a3a&ei=14#image=1