Translate

VISITANTE, SEJA BEM-VIND@! VOCÊ FAZ A DIFERENÇA E É MAIS IMPORTANTE DO QUE O NÚMERO ABAIXO

VISITANTE, SEJA BEM-VIND@! VOCÊ FAZ A DIFERENÇA E É MAIS IMPORTANTE DO QUE O NÚMERO ABAIXO

Quem é Ton MarMel?

Minha foto
Brasília, DF, Brazil
Bem-vind@ à página de anTONio MARtins MELo (TON MARMEL), advogado pós-graduado em Direito Público, artista visual, arquiteto da própria vida que tem a missão de oferecer serviços jurídicos experientes, consultoria, defesa, acompanhamento processual com conhecimento de excelência, criatividade, segurança e eficiência. Curriculo oficial na plataforma Lattes - CNPQ, governo do Brasil, https://lattes.cnpq.br/0798690696791139
DESTAQUE: DIREITO AUTORAL - AUTENTICIDADE DE OBRAS - Análise e sugestões ao legislador. (Para ler basta clicar neste link http://antoniomartinsmelo-advogado.blogspot.com/2011/05/direito-autoral-autenticidade-de-obras.html

PESQUISAR NESTE SITE? DIGITE A PALAVRA PRINCIPAL OU ASSUNTO E TECLE ENTER.

domingo, 16 de junho de 2024

EFEITO DUNNING-KRUGER E FALTA DE PERCEPÇÃO DE ERROS

 O efeito Dunning-Kruger: "Pessoas com baixa classificação chegam a conclusões erradas e falham nas decisões, mas não conseguem perceber seus erros devido à sua baixa classificação".

 

 

EFEITO DUNNING-KRUGER E FALTA DE PERCEPÇÃO DE ERROS

 

O efeito Dunning-Kruger é o viés cognitivo pelo qual pessoas com baixa habilidade em uma tarefa superestimam sua habilidade. Alguns pesquisadores também incluem em sua definição o efeito oposto para as pessoas de alto desempenho: sua tendência a subestimar suas habilidades.

 

Não compreender os erros leva a acreditar em si mesmo e, portanto, a aumentar a autoconfiança e a consciência da própria superioridade. Portanto, o efeito Dunning-Kruger é um paradoxo psicológico que todos nós encontramos muitas vezes nas nossas vidas: as pessoas menos competentes consideram-se profissionais e as pessoas mais competentes tendem a duvidar de si mesmas e das suas capacidades.

 

O ponto de partida da investigação de Dunning e Kruger tem base nas famosas declarações de Charles Darwin:

 

"É mais provável que a ignorância ganhe confiança do que o conhecimento".

 

E investigação de Bertran Russell:

 

"Uma das qualidades desagradáveis do nosso tempo é que aqueles que têm confiança são estúpidos, e aqueles que têm imaginação e compreensão são cheios de dúvidas e indecisão. "

 

 

#marmel #martmel #tonmarmel #antoniomartinsmelo
EFEITO DUNNING-KRUGER E FALTA DE PERCEPÇÃO DE ERROS

 

O efeito Dunning-Kruger é um viés cognitivo que se manifesta quando indivíduos com habilidades ou conhecimentos limitados em uma determinada área tendem a superestimar sua competência nessa área. Em outras palavras, as pessoas que sabem pouco sobre algo tendem a acreditar erroneamente que sabem muito mais do que realmente sabem. Esse fenômeno foi identificado pelos psicólogos David Dunning e Justin Kruger em um estudo seminal publicado em 1999.

 

 

#marmel #martmel #tonmarmel #antoniomartinsmelo
EFEITO DUNNING-KRUGER E FALTA DE PERCEPÇÃO DE ERROS

 

Quais são as consequências do efeito Dunning-Kruger?

 

As consequências do efeito Dunning-Kruger podem ser variadas e significativas. Aqui estão algumas das principais:

 

 

1. Subestimação das próprias limitações

 

Indivíduos afetados pelo efeito Dunning-Kruger podem não perceber suas próprias deficiências ou limitações em uma determinada área. Isso pode levá-los a cometer erros graves ou tomar decisões inadequadas, já que não reconhecem a extensão de sua falta de conhecimento ou habilidade.

 

 

2. Falta de crescimento e desenvolvimento

 

Aqueles que superestimam sua competência podem sentir que não precisam buscar mais conhecimento ou aprimoramento, já que acreditam erroneamente que já dominam o assunto. Isso pode levar a uma estagnação profissional e pessoal, já que não estão abertos a aprender com os outros ou a se aprofundar em áreas onde têm deficiências.

 

 

3. Problemas de comunicação e colaboração

 

Quando alguém está convencido de sua própria competência, mesmo que essa convicção seja infundada, pode ser difícil para eles aceitar críticas ou conselhos dos outros. Isso pode prejudicar a comunicação e a colaboração em ambientes de trabalho ou em projetos de equipe, já que eles podem resistir a sugestões de melhoria ou se recusar a reconhecer erros.

 

 

4. Risco de tomada de decisão falha

 

Indivíduos que superestimam sua competência podem se sentir confiantes demais ao tomar decisões importantes, sem considerar adequadamente todas as informações disponíveis ou consultar especialistas. Isso pode levar a resultados desastrosos, especialmente em situações onde precisam lidar com consequências sérias de suas ações.

 

 

5. Autoconhecimento prejudicado

 

O efeito Dunning-Kruger pode distorcer a percepção que as pessoas têm de si mesmas e de suas habilidades. Isso pode dificultar a construção de uma autoimagem precisa e realista, o que é fundamental para o crescimento pessoal e profissional.

 

 

 

O efeito Dunning-Kruger pode ter um impacto significativo no comportamento, nas decisões e nas interações das pessoas, muitas vezes levando a resultados negativos. Reconhecer sua existência e aprender a lidar com ele pode ajudar a mitigar essas consequências e promover um desenvolvimento mais saudável e equilibrado.

 

 

Como identificar e evitar o Dunning-Kruger?

 

Identificar e evitar o efeito Dunning-Kruger pode ser desafiador, mas não é impossível. Aqui estão algumas estratégias ampliadas para ajudá-lo a reconhecê-lo em si mesmo e a evitar suas armadilhas:

 

 

1. Autoconsciência

 

Desenvolver autoconsciência é fundamental para combater o efeito Dunning-Kruger. Não apenas significa reconhecer suas habilidades e conhecimentos, mas também estar aberto a questioná-los regularmente. Pergunte-se não apenas se você entende um tópico, mas se o compreende completamente. Esteja preparado para olhar para suas próprias lacunas de conhecimento e aceitar críticas construtivas. Buscar feedback de fontes confiáveis, que oferecem opiniões honestas e imparciais, pode fornecer uma visão mais objetiva de suas habilidades e competências.

 

 

2. Eduque-se

 

O aprendizado contínuo é uma das melhores defesas contra o efeito Dunning-Kruger. Reconheça que o conhecimento é vasto e sempre em evolução, e que ninguém pode ser um especialista em tudo. Esteja constantemente em busca de novas informações e oportunidades de aprendizado. Esteja disposto a aprender com os outros, especialmente aqueles que têm experiência ou conhecimento em áreas específicas. Cultive uma mentalidade de crescimento, onde cada desafio é uma oportunidade para expandir seus horizontes e aprofundar sua compreensão.

 

 

3. Mantenha uma mente aberta

 

É essencial manter uma mente aberta para evitar cair na armadilha do efeito Dunning-Kruger. Reconheça que sua perspectiva pode ser limitada e que há sempre algo a aprender com os outros. Esteja disposto a considerar diferentes pontos de vista e perspectivas, mesmo que contradigam suas próprias crenças. Evite o erro de presumir que você sabe mais do que os outros, simplesmente por causa de sua própria percepção de competência. Esteja aberto ao diálogo e à troca de ideias, reconhecendo que o verdadeiro entendimento muitas vezes vem da colaboração e do debate.

 

 

4. Busque feedback

 

A busca por feedback regular é essencial para manter uma visão precisa de suas habilidades e competências. Não apenas solicite feedback de colegas, mentores ou supervisores, mas esteja genuinamente aberto a ouvir e considerar suas opiniões. O feedback honesto e construtivo pode ajudá-lo a identificar áreas onde você precisa crescer e se desenvolver. Esteja preparado para aceitar críticas e use-as como oportunidades de aprendizado e melhoria.

 

 

5. Desenvolva habilidades de pensamento crítico

 

Desenvolver habilidades de pensamento crítico é crucial para evitar as armadilhas do efeito Dunning-Kruger. Aprenda a avaliar criticamente sua própria compreensão e análise de informações. Esteja ciente de seus próprios preconceitos e tendências cognitivas que podem distorcer sua percepção da realidade. Pratique questionar e examinar suas próprias crenças e suposições, buscando sempre evidências sólidas e lógica consistente.

 

 

6. Cultive a humildade

 

Reconhecer a própria humanidade e as limitações é essencial para evitar o efeito Dunning-Kruger. Cultive a humildade ao reconhecer suas próprias falhas e ao aprender com os erros. Esteja aberto a admitir quando você está errado e a fazer ajustes conforme necessário. Reconheça que ninguém é perfeito e que sempre há espaço para crescimento e aprendizado. Ao cultivar a humildade, você estará mais preparado para enfrentar desafios e crescer tanto pessoal quanto profissionalmente.

 

 

 

Ao implementar essas estratégias ampliadas, você pode ajudar a mitigar os efeitos do efeito Dunning-Kruger em sua vida pessoal e profissional, promovendo um crescimento mais sólido e uma compreensão mais realista de suas próprias habilidades e conhecimentos.

 

 

Dúvidas comuns sobre o efeito Dunning-Kruger (e respostas!)

 

 

1. O efeito Dunning-Kruger afeta apenas pessoas com baixo nível de conhecimento?

 

Não necessariamente. Embora o fenômeno seja frequentemente associado àqueles com habilidades ou conhecimentos limitados em uma área específica, ele pode afetar qualquer pessoa que tenha lacunas de conhecimento ou experiência e, ao mesmo tempo, não reconheça essas lacunas.

 

 

2. É possível superar completamente o efeito Dunning-Kruger?

 

O efeito Dunning-Kruger é um viés cognitivo arraigado, mas com autoconsciência e práticas deliberadas, é possível mitigar seus efeitos. No entanto, é importante reconhecer que todos estão sujeitos a ele em algum grau, e o objetivo não é eliminar completamente, mas sim minimizar sua influência.

 

 

4. As pessoas afetadas pelo efeito Dunning-Kruger sempre se mostram arrogantes ou autoconfiantes?

 

Nem sempre. Embora o viés possa se manifestar como uma autoconfiança excessiva, também pode aparecer como hesitação em reconhecer a própria competência, especialmente quando confrontado com evidências ou feedback que contradizem essa percepção.

 

 

5. O efeito Dunning-Kruger é mais prevalente em determinadas áreas do conhecimento?

 

Não há evidências que sugiram que o efeito Dunning-Kruger seja mais prevalente em algumas áreas do conhecimento do que em outras. Ele pode se manifestar em qualquer contexto onde haja uma disparidade entre a habilidade percebida e a habilidade real de um indivíduo.

 

 

6. Como o efeito Dunning-Kruger pode afetar a cultura organizacional?

 

Em uma cultura organizacional, o efeito Dunning-Kruger pode levar a problemas de comunicação, falta de colaboração, tomada de decisões falhas e resistência à mudança. Reconhecer e abordar esses comportamentos pode ser fundamental para promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

 

 

7. Existe uma relação entre o efeito Dunning-Kruger e a inteligência emocional?

 

Embora o efeito Dunning-Kruger não esteja diretamente relacionado à inteligência emocional, desenvolver inteligência emocional pode ajudar a mitigar seus efeitos. A autoconsciência, empatia e habilidades de comunicação, que são componentes da inteligência emocional, podem ajudar as pessoas a reconhecer e lidar com suas próprias limitações de maneira mais eficaz.

 

 

8. O efeito Dunning-Kruger é mais prevalente em certas faixas etárias?

 

Não há evidências que sugiram uma correlação direta entre o efeito Dunning-Kruger e faixas etárias específicas. Pessoas de todas as idades podem ser afetadas por esse viés cognitivo, dependendo de sua experiência e autoavaliação de habilidades.

 

 

Considerações finais

 

Em um mundo complexo e em constante evolução, o efeito Dunning-Kruger é uma armadilha cognitiva que pode nos afetar em várias áreas de nossas vidas. Reconhecer suas nuances é o primeiro passo para evitar suas armadilhas e promover um crescimento pessoal e profissional mais sólido.

 

A autoconsciência, a busca contínua por conhecimento, a humildade e a abertura para o feedback são ferramentas poderosas para mitigar os efeitos desse viés cognitivo.

 

Ao adotar uma mentalidade de crescimento e desenvolver habilidades de pensamento crítico, podemos nos proteger contra a falsa autoconfiança e promover uma compreensão mais realista de nossas próprias habilidades e limitações.

 

Se você deseja aprimorar suas habilidades e aprofundar sua compreensão sobre si mesmo(a), leia nosso post: “Autodesenvolvimento: o que é, sua importância e como alcançá-lo.”

 

 

 

 


(Fontes de pesquisa e compilações de autorias diversas).

 

 

 

 

 

domingo, 12 de maio de 2024

A COCEIRA E O ADVOGADO (Ton MarMel)

 Amit era um alto funcionário da corte do Rei Akbar. Há muito tempo Amit nutria o desejo de acariciar os voluptuosos seios da rainha. Entretanto, todas as vezes que tentou deu-se mal.

 

 

A COCEIRA E O ADVOGADO
A COCEIRA E O ADVOGADO (Ton MarMel)


 

Um dia, ele revelou seu desejo a Birbal, principal conselheiro e Advogado do Rei, e pediu que ele fizesse algo para ajudá-lo.
 
Birbal, depois de muito pensar, concordou sob a condição de que Amit lhe pagasse mil moedas de ouro, e Amit aceitou o acordo.
 
No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e derramou no sutiã da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho.
 
Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei preocupado. Médicos de todo o reino foram chamados para resolver o problema da coceira, mas nada resolveu.
 
Birbal então disse ao Rei que apenas uma saliva especial, se aplicada por quatro horas, curaria aquela espécie de coceira. Birbal também disse que essa saliva só poderia ser encontrada na boca de Amit.
 
O Rei Akbar ficou muito feliz e então chamou Amit que, pelas quatro horas seguintes, fartou-se em acariciar com vontade os seios da rainha. E assim, Amit realizou seu desejo.
 
Então, satisfeito com a realização do desejo, Amit se encontrou com o advogado Birbal que queria receber o combinado.
 
Acontece que, com seu desejo já realizado plenamente e sua libido satisfeita, Amit então se recusou a pagar ao advogado e, ainda por cima, o escorraçou e zombou de sua cara, pois achava que Birbal nunca teria coragem de contar o fato ao rei que, certamente, se soubesse da malandragem que o enganou determinaria que o matassem.
 
Mas Amit havia subestimado o Advogado Birbal e, no dia seguinte, por vingança, Birbal colocou o mesmo líquido na cueca do rei.
 
 
MORAL da HISTÓRIA
 
Você pode ficar devendo para o mundo inteiro. Mas NUNCA, NUNCA MESMO, pense em dever para um Advogado(a).
 
 
--------------------------------------------
#marmel #martmel #antoniomartinsmelo #advogado #antoniomartinsmeloadvogado #advantoniomartinsmelo #advogadoantoniomartinsmelo #jurista #marmeljurista #marmelartista #marmelartistavisuual #martmelartistavisual #martmelartista #tonmarmel #tonmarmelartista #tonmarmelartistavisual

terça-feira, 16 de abril de 2024

Síndrome da Alice no País das Maravilhas

 "SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: Uma grave doença neurológica. 

 

 


 

 A síndrome de Alice no País das Maravilhas pode parecer uma doença inventada, mas, embora seja muito rara, é uma síndrome real e afeta certos indivíduos. A doença, também chamada de síndrome de Todd, se manifesta através de um ou outro sintoma, ou de ambos: autopercepção e processamento visual. Isso significa, essencialmente, que os cérebros das pessoas com a síndrome sofrem interrupções que levam a uma percepção alterada de si mesmos e do mundo exterior. Essas percepções são muitas vezes de tamanho e distância.


A síndrome de Alice no País das Maravilhas é uma condição neurológica rara que interrompe temporariamente a capacidade do cérebro de processar a entrada sensorial, afetando a forma como o órgão percebe as coisas. Isso inclui distorção sobre o tamanho das coisas, o próprio corpo e outros elementos da realidade.


As origens do nome - A condição foi nomeada pelo psiquiatra inglês John Todd em 1955, em referência ao livro de Lewis Carroll de 1865, 'Alice no País da Maravilhas'. Isso porque quem sofre com a condição passa por situações semelhantes às vividas pela personagem principal da história, Alice.


O QUE ISSO AFETA? A síndrome pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adolescentes. Pessoas com certas condições relacionadas ao cérebro também são mais propensas a sofrer de síndrome de Alice no País das Maravilhas.


COMO A SÍNDROME SE MANIFESTA? A forma como a síndrome de Alice no País das Maravilhas se manifesta pode ser dividida em três categorias. Uma delas é através de distúrbios na autopercepção. É quando as pessoas têm uma percepção incorreta do próprio corpo, no que diz respeito ao tamanho e à sensação. Isso pode afetar todo o corpo, ou apenas partes específicas.


Outra forma de manifestação da síndrome é através de distúrbios no processamento visual. É assim que o cérebro das pessoas processa as coisas que elas veem. Esta é a maneira mais comum da síndrome afetar as pessoas.




SINTOMAS DE AUTOPERCEPÇÃO - O principal sintoma é quando uma pessoa experimenta mudanças na percepção de seu próprio corpo. Por exemplo, uma parte do corpo pode parecer muito grande (macrosomatognosia parcial) ou muito pequena (microsomatognosia parcial).


O corpo inteiro também pode parecer muito alto (macrosomatognosia total) ou muito curto (microsomatognosia total).


A desrealização também pode ocorrer. Esta é uma forma de dissociação onde as pessoas se sentem desconectadas do mundo ao seu redor.


A despersonalização, outro tipo de dissociação, também pode ser um sintoma. É quando a pessoa se sente desconectada do próprio corpo e mente, como se estivesse experimentando a própria vida em terceira pessoa.


A dualidade somatopsíquica, ou a sensação de ter o corpo dividido em dois, também pode ocorrer.


Assim como uma interrupção no sentido de tempo, onde as pessoas relatam que o tempo está diminuindo ou acelerando.



SINTOMAS DE PERCEPÇÃO VISUAL - Os sintomas de percepção visual são os mais comuns em pessoas com a síndrome de Alice no País das Maravilhas. Uma das mais recorrentes são as mudanças percebidas no tamanho dos objetos. Estes podem parecer maiores (macropsia) ou menores (micropsia) do que realmente são.


Outro sintoma comum de percepção visual são as alterações na distância. É quando os objetos parecem estar mais próximos (pelopsia) ou mais distantes (teleopsia) do que estão.


Mudanças no tamanho e na distância também podem ocorrer. Um exemplo seriam objetos que parecem menores e parecem estar se afastando mais (porropsia).


As pessoas também podem parecer menores do que realmente são. Isso também é conhecido como alucinação liliputiana, uma referência aos pequenos moradores de Lilliput no romance de Jonathan Swift 'As Viagens de Gulliver'.


Outra síndrome de percepção visual são as alterações na aparência do objeto. É quando há distorções percebidas em objetos e linhas (que podem parecer onduladas).




CAUSAS - As causas da síndrome de Alice no País das Maravilhas permanecem desconhecidas, mas uma coisa que sabemos é que a enxaqueca é um dos gatilhos mais comuns. Isso é especialmente verdadeiro na presença de uma aura de enxaqueca. Outros tipos de dores de cabeça também podem desencadear a síndrome.


Infecções virais, como vírus Epstein-Barr (EBV), influenza tipo A ou H1N1, varicela (varicela e herpes zoster), febre tifoide, escarlatina e doença de Lyme, são as causas mais proeminentes da síndrome em crianças.


Pessoas que sofrem de condições que causam convulsões (por exemplo, epilepsia) também podem experimentar a síndrome de Alice no País das Maravilhas.


A perda repentina de suprimento de sangue para o cérebro, que pode acontecer com derrames, também é um possível gatilho. Assim como os tumores cerebrais.


Algumas condições de saúde mental, como esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtornos depressivos, podem desencadear a síndrome de Alice no País das Maravilhas.


Certos medicamentos (por exemplo, dextrometorfano, dihidrocodeína e topiramato), bem como drogas recreativas (especialmente alucinógenos), têm sido associados a episódios da síndrome.




DESENVOLVIMENTOS RECENTES - Os pesquisadores estão um passo mais perto de entender as raízes da doença. Em 2024, cientistas realizaram um mapeamento de rede de lesões, onde compararam varreduras cerebrais de pessoas com síndrome de Alice no País das Maravilhas com varreduras de pessoas saudáveis. Eles descobriram que mais de 85% das pessoas com a síndrome tinham lesões que afetavam duas áreas do cérebro: a responsável pelo processamento visual e a usada para julgar o tamanho.


DIAGNÓSTICO - Embora não haja critérios formalmente estabelecidos para diagnosticar a síndrome, os profissionais de saúde podem realizar certos testes, mesmo que para descartar outras condições, inclusive exames de imagem (por exemplo, tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc.).


Outros testes podem incluir um EEG (eletroencefalograma) para verificar a atividade elétrica do cérebro.


Um exame chamado Potencial Evocado Visual (PEV) também pode ser conduzido. O teste analisa os sinais que os olhos enviam ao cérebro.


Não há tratamento (nem cura) para a síndrome de Alice no País das Maravilhas, a não ser o controle dos sintomas."

__________________________
Fontes: (Medical News Today) (Cleveland Clinic) (IFLScience) (medRxiv) 

Imgem: Getty Images ©Shutterstock

https://www.msn.com/pt-br/saude/other/s%C3%ADndrome-de-alice-no-pa%C3%ADs-das-maravilhas-uma-grave-doen%C3%A7a-neurol%C3%B3gica/ss-BB1kGD9g?ocid=msedgntp&pc=ACTS&cvid=b0f1e814948549b8abc1d2ad509e1a3a&ei=14#image=1



quinta-feira, 8 de junho de 2023

ESTADO INOPERANTE (conivente), JANELAS QUEBRADAS E TERRITÓRIO DO CRIME.

 


A teoria das janelas quebradas ou "broken windows theory" é um modelo norte-americano de política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade. Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves. Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade.

 

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma interessante experiência de psicologia social. Deixou dois carros idênticos, da mesma marca, modelo e cor, abandonados na rua. Um no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo Alto, zona rica e tranquila da Califórnia. Dois carros idênticos abandonados, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

 

Resultado: o carro abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. As rodas foram roubadas, depois o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o carro abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.

 

A experiência não terminou aí. Quando o carro abandonado no Bronx já estava desfeito e o de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores quebraram um vidro do automóvel de Palo Alto. Resultado: logo a seguir foi desencadeado o mesmo processo ocorrido no Bronx. Roubo, violência e vandalismo reduziram o veículo à mesma situação daquele deixado no bairro pobre. Por que o vidro quebrado na viatura abandonada num bairro supostamente seguro foi capaz de desencadear todo um processo delituoso? Evidentemente, não foi devido à pobreza. Trata-se de algo que tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

 

Um vidro quebrado numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, faz supor que a lei encontra-se ausente, que naquele lugar não existem normas ou regras. Um vidro quebrado induz ao "vale-tudo". Cada novo ataque depredador reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores torna-se incontrolável, desembocando numa violência irracional.

 

Baseada nessa experiência e em outras análogas, foi desenvolvida a "Teoria das Janelas Quebradas". Sua conclusão é que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se por alguma razão racha o vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão quebrados todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração, e esse fato parece não importar a ninguém, isso fatalmente será fator de geração de delitos.

 

Origem da teoria

 

Essa teoria na verdade começou a ser desenvolvida em 1982, quando o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, americanos, publicaram um estudo na revista Atlantic Monthly, estabelecendo, pela primeira vez, uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade. Nesse estudo, utilizaram os autores da imagem das janelas quebradas para explicar como a desordem e a criminalidade poderiam, aos poucos, infiltrar-se na comunidade, causando a sua decadência e a consequente queda da qualidade de vida. O estudo realizado por esses criminologistas teve por base a experiência dos carros abandonados no Bronx e em Palo Alto.

 

Em suas conclusões, esses especialistas acreditam que, ampliando a análise situacional, se por exemplo uma janela de uma fábrica ou escritório fosse quebrada e não fosse, incontinenti, consertada, quem por ali passasse e se deparasse com a cena logo iria concluir que ninguém se importava com a situação e que naquela localidade não havia autoridade responsável pela manutenção da ordem.

 

Logo em seguida, as pessoas de bem deixariam aquela comunidade, relegando o bairro à mercê de gatunos e desordeiros, pois apenas pessoas desocupadas ou imprudentes se sentiriam à vontade para residir em uma rua cuja decadência se torna evidente. Pequenas desordens, portanto, levariam a grandes desordens e, posteriormente, ao crime.

 

Da mesma forma, concluem os defensores da teoria, quando são cometidas "pequenas faltas" (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade, passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, logo começam as faltas maiores e os delitos cada vez mais graves. Se admitirmos atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando essas crianças se tornarem adultas.

 

A Teoria das Janelas Quebradas definiu um novo marco no estudo da criminalidade ao apontar que a relação de causalidade entre a criminalidade e outros fatores sociais, tais como a pobreza ou a "segregação racial" é menos importante do que a relação entre a desordem e a criminalidade. Não seriam somente fatores ambientais (mesológicos) ou pessoais (biológicos) que teriam influência na formação da personalidade criminosa, contrariando os estudos da criminologia clássica.

 

No metrô de Nova York

 

Há três décadas, a criminalidade em várias áreas e cidades dos EUA – com Nova York no topo da lista - atingia níveis alarmantes, preocupando a população e as autoridades americanas, principalmente os responsáveis pela segurança pública. Nesse diapasão, foi implementada uma Política Criminal de Tolerância Zero, que seguia os fundamentos da "Teoria das Janelas Quebradas".

 

As autoridades entendiam que, por exemplo, se os parques e outros espaços públicos deteriorados forem progressivamente abandonados pela administração pública e pela maioria dos moradores, esses mesmos espaços serão progressivamente ocupados por delinquentes.

 

A Teoria das Janelas Quebradas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, que se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento da passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados positivos foram rápidos e evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

 

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Quebradas e na experiência do metrô, deu impulso a uma política mais abrangente de "tolerância zero". A estratégia consistiu em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à lei e às normas de civilidade e convivência urbana. O resultado na prática foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

 

A expressão "tolerância zero" soa, a priori, como uma espécie de solução autoritária e repressiva. Se for aplicada de modo unilateral, pode facilmente ser usada como instrumento opressor pela autoridade fascista de plantão, tal como um ditador ou uma força policial dura. Mas seus defensores afirmam que o seu conceito principal é muito mais a prevenção e a promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, mas sim de impedir a eclosão de processos criminais incontroláveis. O método preconiza claramente que aos abusos de autoridade da polícia e dos governantes também deve-se aplicar a tolerância zero. Ela não pode, em absoluto, restringir-se à massa popular. Não se trata, é preciso frisar, de tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

 

A tolerância zero e sua base filosófica, a Teoria das Janelas Quebradas, colocou Nova York na lista das metrópoles mundiais mais seguras. Talvez elas possam, também, não apenas explicar o que acontece aqui no Brasil em matéria de corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc., mas tornarem-se instrumento para a criação de uma sociedade melhor e mais segura para todos.