"O pólo negativo da
“conscientização” é a manipulação. A pessoa é “sujeito” e deve ser tratada como
“sujeito”. Mas a pessoa pode ser convertida e tratada como “objeto”. Este é um
dos maiores riscos que corre.
Apresentamos aqui uma
reflexão sobre o fato da manipulação humana. Embora o tema não tenha ainda
encontrado esquemas claros de desenvolvimento, não podemos deixar de traduzir
numa linguagem de reflexão as pré-compreensões que o homem de hoje tem com
relação ao fenômeno humano da manipulação.
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Manipulação: Manipulador e Manipulado. (Auto-foto e Foto-montagem criadas por Ton MarMel, inspiradas no livro A Ideologia da Sociedade Industrial: O Homem Unidimensional do filósofo Herbert Marcuse. Brasilia - DF, 22.9.2018). |
Deixaremos de tratar os aspectos morais da
manipulação no campo da biologia humana, por exemplo. Fixar-nos-emos no
fenômeno global da manipulação.
A realidade da manipulação não foi ainda
submetida a uma reflexão sistematizada. Rahner constata o fato sintomático de
que este termo não entrou nos dicionários das ciências políticas e sociais.
Procurando esclarecer conceitualmente a
realidade da manipulação humana, faremos em seguida um conjunto de aproximações
parciais. Para isso, teremos em conta as contribuições dos autores que nos
últimos anos refletiram sobre essa realidade.
1. Conceito de manipulação
a) O uso do termo “manipulação”
A expressão
manipulação “do homem” é ambígua e imprecisa. Trata-se de uma palavra tópica,
com todas as características que isso comporta: imprecisão, carga emotiva,
qualidade sugestiva mais que esclarecedora etc. O uso que dela é feito nos fala
de um espectro grande de significados, que vão desde o campo das ciências
naturais ao da critica social, para terminar no âmbito da pura polêmica.
Os diversos empregos que se costumam fazer
do termo “manipulação” dependem dos seguintes fatores e interesses:
a) Um primeiro fator de diversificação nos
é proporcionado pela variedade de campos em que foi e é empregada: na práxis
médico-cirúrgica, nas experiências físicas e químicas, no influxo bioquímico
sobre os genes, na experimentação sociológica científica (manipulação das
variáveis dadas – pesquisas eleitorais ou de opinião, por exemplo), na crítica
social etc. Esta primeira constatação fala-nos de um deslize do uso do conceito
manipulação do campo das ciências naturais para o da crítica social a terminar
no âmbito da pura polêmica.
b) Dentro do
âmbito da crítica social, o conceito de manipulação tem fronteiras pouco
definidas.
Com efeito, no plano descritivo se situa freqüentemente em
equivalência a retórica, arte de persuadir ou doutrinar, inabilitação,
repressão, de-sublimação, tudo isso para o âmbito de conseqüências referidas às
pessoas; e com a publicidade, a propaganda, a unificação, a exploração ou a
demagogia, para o âmbito das conseqüências preferentemente relativas à
sociedade.
Como demonstra esta lista, certamente não completa, de conceitos
estreitamente aproximados e não claramente delimitados entre si, o conceito de
manipulação abarca praticamente todo o conjunto de técnicas de influência
social – excluída unicamente a utilização da força bruta -, sem nos
permitir reconhecer uma diferença específica entre os conceitos apontados, e
que torna indispensável para uma definição válida.
b) Sentido etimológico
A partir do
estudo do tema nas obras clássicas de Forcellini e Du Cange e nos dicionários
etimológicos das línguas modernas, Ferrero chega às seguintes conclusões sobre
a acepção etimológica da manipulação: “O termo ‘manipulação’ e seus derivados
provêm em todas as línguas ocidentais (alemão, espanhol, francês, inglês,
italiano e português), do latim manipulus, manipulare,
manipulatio,manipulator, compostos por sua vez das raízes latinas manus(mão)
e pleo (encher). Por isso seu significado
original está relacionado com a idéia daquilo que se leva na mão ou do que pode
ser contido na mão. Era a própria idéia de manipulus no
latim decadente falando de ervas, flores, sementes, substâncias químicas ou
metálicas etc., sobretudo com relação à alquimia, à farmácia, à arte, à
ourivesaria ou à cerâmica, até converter-se em medida.
A ação correspondente, manipulare,
manipulatio, se referia, paralelamente, à ação e à arte
de combinar ou manejar esses elementos para obter um resultado especial,
distinto do que se podia esperar deles abandonados a si mesmos.
Daqui a idéia
de tratamento, elaboração, manejo e transformação que o homem fazia com suas
próprias mãos do corpo humano (medicina e cirurgia), dos produtos químicos (química
e farmácia), das terras e metais (arte, cerâmica e ourivesaria). É o colorido
que ainda conserva quando se trata do significado metafórico: um tratamento e
manejo dos materiais manipulados e de suas possibilidades para se obter um
resultado concreto partindo de uma alteração da natureza ou modo de ser desses
elementos, aproveitando suas propriedades, suas qualidades, as energias, as
leis intrínsecas de cada um.
O manipulador, no sentido etimológico, obtém
resultados maravilhosamente distintos daqueles que são próprios dos
ingredientes naturais, mas sem os alterar previamente. Por isso se supõe nele
um conhecimento, uma ciência e uma arte das propriedades e das leis a esses
elementos sujeitos, sendo tudo isso desconhecido, secreto a todos aqueles que
de qualquer modo estão ou possam estar interessados pelo resultado da
manipulação. Esta ciência e este segredo são a base da ganância, do prestígio e
da eficácia da manipulação.
c) Definição conceitual
Procurando definir o conceito de
manipulação, temos que distingui-lo e não confundi-lo com outros conceitos
bastante parecidos. A manipulação humana, tal como aqui é entendida não se
identifica com:
– violação aberta e deslavada da liberdade
do homem (desde a escravidão propriamente dita até as novas formas de servidão
do homem);
– violências físicas ou morais infligidas
sobre outras pessoas, que as padecem e agüentam, porque não podem desfazer-se
delas (por exemplo, injustiças no mundo do trabalho, opressão no setor
político, prática de tortura para arrancar confissões, dinheiro etc.);
– formas de desumanização, realizadas pelo
próprio sujeito que as padece ou por outro agente alheio a ele.
A manipulação é a violação da liberdade, é
uma violência e é uma forma de desumanização. Mas nem toda desumanização, nem
toda violência, nem toda a violação da liberdade devem ser entendidas como
ações manipuladoras.
O conceito de
manipulação traz consigo uma nota específica que o qualifica enquanto tal: a ausência ou supressão de toda dimensão crítica por parte do manipulado, e a aceitação de tal acriticidade por parte do
manipulador.
Manipulação
não significa uma simples influência ou exercício de poder como tais, mas uma
forma toda especifica, irracional de exercer a influência e o poder.
É o
exercício do poder sem legitimação, sem autoridade.
A manipulação descarta tudo
o que é raciocínio crítico do interessado. O homem não percebe o ataque como
não percebe uma combinação química. Os estímulos da manipulação são percebidos
de forma inconsciente; por meio dum arranjo feito habilmente, permanecem
ocultos à consciência.
Criam assim uma falsa consciência, e, a partir dela, a
vítima das práticas da manipulação crê falsamente que tomou uma decisão
racional. Aproveitando-se da forma irresponsável de uma disposição fundamental
do homem, de sua natureza social, paralizando assim sua capacidade de
objetivação e de distanciamento, sua liberdade, a manipulação deve ser considerada de fato como a mais desumana que todas as outras formas de violência ou de
opressão.
Para Böckle é também a ausência de
criticidade no manipulado a nota específica do conceito de manipulação. “Tomada
em seu sentido mais amplo, a palavra “manipulação” significa hoje algo assim
como “preparação do homem”, o que designa uma influência exercida seletiva e certeiramente
sobre processos de desenvolvimento tanto individuais como sociais, sem que os
atingidos de fato possam entrever suficientemente nem o processo em si mesmo
nem os objetivos e métodos da persuasão a que são submetidos. Nesta condição
precisamente se põe toda a ênfase já que nem a persuasão inter-humana, nem a
intervenção nos processos vitais são, em princípio, algo novo. O problema da
manipulação repousa na falta de transparência para os atingidos”.
2. Formas da manipulação (âmbitos da manipulação humana)
O homem é um ser manipulável. Não é de
estranhar, portanto que existam muitos campos de manipulação. Em qualquer lugar
onde o homem se realiza podemos encontrar um campo possível para a manipulação.
Pode-se fazer diversas classificações das
formas de manipulação. Consignamos em seguida duas: uma classificação
sistemática e outra descritiva-concreta.
a) Tipologia sistemática
Fazendo uma consideração sistemática do
homem e da manipulação, pode-se chegar como o fez Ferrero, à seguinte
classificação:
– Em razão do sujeito manipulador: manipulação
individual ou institucionalizada, conforme se trate de um indivíduo ou de uma
instituição (sociedade, cultura, grupo social, nação, partido, associação) que
procura manipular a liberdade dos demais;
– Em razão do sujeito manipulado: manipulação pessoal, social ou
ambiental, conforme se procure controlar a liberdade a partir da pessoa, do
grupo social, ou do meio ambiente em que vive. Por sua vez, a manipulação
pessoal pode ser: somática (ou psicossomática) e psicológica, conforme se realize a partir do corpo
ou por meios psicológicos que atuam diretamente sobre o espírito;
– Em razão do modo como se realiza: manipulação
mediata ou imediata, consciente ou inconsciente, vulgar ou científica;
– Em razão dos efeitos que vai
produzir na pessoa ou no grupo manipulados: manipulação inócua (sem
outros efeitos que a manipulação da liberdade e a consecução dos fins a que se
havia proposto o manipulador),perfectiva (corrige ou melhora o modo de ser do sujeito
manipulado, proporcionando-lhe, conforme a estimativa social estabelecida, um
benefício, embora não seja isso o que diretamente busca o manipulador) ou prejudicial(se, além de manipular sua liberdade,
causa-lhe outros danos).
– Em razão do fim a que se propõe o manipulador: manipulaçãonecessária (nasce
do contexto sócio-cultural no qual vive o manipulador e o sujeito manipulado), útil (procura
melhorar a situação do sujeito manipulado ou a de ambos), terapêutica (procura curar de alguma maneira o sujeito
manipulado, enfermo ou incapaz de guiar-se normalmente por si
mesmo no uso de sua liberdade), experimental (quer experimentar práticas ou
medicamentos que podem se tornar benéficos para o sujeito manipulado ou para
toda a humanidade), egoísta (quando somente procura a utilidade do
sujeito manipulador sem levar em conta a pessoa dos outros);
– Em razão dos meios empregados
para a manipulação: manipulação somática, psicológica, social ou cultural conforme se tenha em vista as leis e
condicionamentos que podem influir sobre a liberdade a partir do corpo (medicamentos, operações, transplantes,
drogas etc.), a partir do espírito (métodos
sociológicos e parapsicológicos em toda a sua amplitude) ou do meio
sócio-cultural (educação, meios de comunicação social – mídia -, grupo,
família, ideologia, utopias etc.).
b) Classificação
descritiva-concreta
Mais interessante que uma tipologia
sistemática da manipulação é uma exposição descritiva das principais formas
manipuladoras do homem atual. Aqui vão algumas delas:
– manipulação
da biosfera na qual vive o homem: contaminação do ambiente, sobretudo do ar e
das águas (manipulação macro-ecológica); desumanização das cidades (manipulação
micro-ecológica);
– manipulação
da cultura e da arte: instrumentalização e comercialização da arte (por
exemplo: o cinema, a televisão etc.); educação utilitária, para uma ordem
estabelecida… É por
isso mesmo que se postula hoje uma cultura e uma educação libertadoras;
– manipulação através dos meios de comunicação
social (MCM = Meios de Comunicação de Massa): é a existência desses meios a que
explica e possibilita, em grande parte, todas as outras formas de manipulação.
É esse um aspecto muito desenvolvido na crítica social atual;
– manipulação
publicitária, servindo-se fundamentalmente dos instintos humanos de
agressividade, sexualidade, poderio etc.;
– manipulação
social em suas várias fontes: econômica, política e ideológica;
– manipulação da opinião pública;
– manipulação
da racionalidade do agir humano (manipulação e cibernética);
– manipulação
no plano religioso (seitas, mistificações das crenças e crendices,
superstições, astrologia, horóscopos, simpatias, devoções e outros “ópios”…)
Todas essas formas de manipulação podem ser
resumidas numa só: a tentativa de modificar interresseiramente o próprio homem.
Tal modificação pode ser entendida como uma “autoprogramação” do futuro ou como
uma influência irracional e acrítica, por parte de quem a padece de modo a
configurar um tipo de homem que melhor se acomode a outros fins. O primeiro
aspecto aparece fortemente nas “pesquisas” e experimentações biológicas. O
segundo aspecto aparece mais claramente no campo da ação social do homem.
3. A manipulação social: forma
privilegiada das manipulações atuais
Acabamos de assinalar que as formas de
manipulação se unificam na elaboração de um “tipo de homem” que melhor se
acomode aos fins que o manipulador persegue. Com isso afirmamos também que a
forma privilegiada de manipulação é a de caráter social. A “unidimensionalidade”
socialmente manipulada vem a ser o núcleo originário de todas as forças
manipuladoras do homem atual.
A manipulação
social pode ser verificada de um modo concreto nas manifestações da vida social
atual. Constata-se o poder da manipulação nos diversos níveis da
realidade social: na publicidade, na opinião pública, na elaboração e na força
das ideologias, nos sistemas educativos, no exercício da autoridade, no
comportamento permissivo da vida social atual, na programação econômica, nas
técnicas de pesquisas, nas realizações de diferentes grupos humanos etc.
Um
discernimento sobre estas formas de manipulação conduz-nos à conclusão de que a
“manipulação constitui um fato não exclusivo, mas sim típico das sociedades
industriais avançadas” (Merks).
Cremos que o
problema deva ser apresentado em um nível ainda mais profundo. A manipulação
aparece nas manifestações da vida social precisamente porque aestrutura social atual
tem uma configuração manipuladora. É justamente esta estrutura social que
desencadeia todo o processo manipulador: a) cria “aquele que manipula” dando origem a homens, grupos ou
sistemas que necessariamente originam o “manipulado” ao tornar fácil a existência
de homens ou grupos de homens que crêem atuar por sua própria conta embora de
fato estejam sendo programados (telespectadores, leitores de jornais,
assembléia de sindicatos etc.); b) cria o “manipular” enquanto operação calculada para
transmitir uma mensagem determinada a um receptor humano a fim de que a viva
como sua (o “input” ou entrada desencadeará um “output” ou saída sem “ruídos”
vivenciais).
Para descobrir a força manipuladora do
sistema seria necessário realizar uma análise da estrutura configuradora da
sociedade atual. Indicamos as pistas por onde se deve canalizar a tal análise:
* A cultura tecnológica e sua incidência na sociedade estruturalmente manipuladora.
A tecnologização de nossa sociedade e de
nossa cultura é um fato. O diferenciador e específico da revolução tecnológica
com respeito a outras revoluções anteriores (a neolítica, a industrial etc.) é
que está passando a barreira da até agora inabordável intimidade do homem, cuja
originalidade e liberdade pareciam estar resguardadas, muito além da influência
da tecnologia. Mas o problema não está na tecnologização; esta por si só não
leva a uma manipulação humana. O fantasma da manipulação aparece pelo fato de
que nem todos os grupos têm a mesma possibilidade de apropriar-se das conquistas
tecnológicas. Só as novas classes detentoras do poder econômico, social,
político e cultural são as que realmente se apropriam das novas conquistas dos
homens e dos povos, que tornaram possível a atual tecnologia mediadora, e
conseqüentemente expropriando-os de si mesmos. A intervenção das classes
detentoras do poder é que introduz o mal da manipulação dentro da sociedade
tecnológica. Como afirma Belda, “do ponto de vista sociológico, a manipulação
supõe um modelo de sociedade elitista e autoritária baseada na desigualdade
radical. Este modelo pode-se concretizar em formas muito diversificadas que vão
desde uma sociedade descaradamente fascista a uma sociedade industrial avançada
formalmente democrática…
O dinamismo da manipulação requer estes
três suportes, para funcionar: a) desigualdade social institucionalizada; b)
relações sociais fundadas no domínio de uma minoria sobre a maioria; c) manejo
da consciência individual, graças aos serviços das instituições educativas e
dos meios de comunicação de massas. Diante dessa manipulação estrutural só é
possível a alternativa de uma reestruturação social na qual, partindo de uma
verdadeira democratização, se consiga “despojar” as novas classes do poder de
suas injustas apropriações exploradoras e manipuladoras para devolvê-las ao
homem e aos povos.
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A Ideologia da Sociedade Industrial: O Homem Unidimensional. Herbert Marcuse. Quarta ediçao. Zahar Editores. Rio de Janeiro.1973. |
* A unidimensionalidade da
sociedade como origem da
manipulação humana estrutural.
A escola de
Frankfurt coloca a manipulação na eliminação da capacidade do homem para
desenvolver a função crítica de sua razão e a função utópica do sentido da
totalidade. Marcuse concretizou esta afirmação geral assinalando que a
manipulação humana surge quando se reduz o homem à “unidimensionalidade”.
Tal
“unidimensionalidade” ele a descobre nas sociedades industriais avançadas, dentro
das quais “a cultura, a política e a economia se unem num sistema onipresente
que devora ou rechaça todas as alternativas. A produtividade e o crescimento
potencial desse sistema estabilizam a sociedade e contêm o progresso técnico
dentro do limite da cominação. A razão tecnológica tornou-se política”. (H.
MARCUSE, O homem unidimensional).
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Grafico-resumo que manuscrevi em grafite na contracapa do livro A Ideologia da Sociedade Industrial: O Homem Unidimensional de Herbert Marcuse. Brasilia- DF, 02.04.1984. Ton MarMel. |
Nas sociedades industriais avançadas
poder-se-ia propiciar o reino das liberdades contanto que se desse fim à
racionalidade tecnológica. Somente fazendo desaparecer a “unidimensionalidade”
se poderá conseguir a libertação e, portanto, a eliminação da manipulação
humana.
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Observações que manuscrevi em grafite por todos os espaços em branco, de todas as páginas, do livro A Ideologia da Sociedade Industrial: O Homem Unidimensional de Herbert Marcuse. Brasilia- DF, 02.04.1984. Ton MarMel. |
* A “sociedade rica” e sua
manipulação através do consumismo.
A sociedade
está projetada e se expande dentro de uma civilização dominada pela lei “do
consumo”. A industrialização do passado, o urbanismo e a massificação de ontem
e o tecnicismo de hoje desembocam necessariamente numa “sociedade opulenta” e
de consumo. Esta situação é a origem da manipulação estrutural que acompanha a
sociedade atual."
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