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Bem vind@ a página de anTONio MARtins MELo (TON MARMEL), Advogado pós-graduado em Direito Público, Artista Visual, Arquiteto da própria vida, que tem a missão de oferecer serviços jurídicos experientes, consultoria, defesa, acompanhamento processual com conhecimento de excelência, criatividade, segurança e eficiência.
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segunda-feira, 13 de maio de 2019

EXAME OAB - “HÁ ADVOGADO A DAR COM O PAU! QUER UM PARA VIGIAR SEU CARRO?!”


“A validade do Exame de Ordem é constantemente questionada. Muito se fala também da possibilidade de acabar com a prova. O presidente Jair Bolsonaro é um grande crítico da exigência, mas, até agora, nenhuma me­dida foi tomada para que o teste deixe de existir. O exame é previsto no Estatuto da Advocacia, de 1994. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que ele é constitucional. Para que o certame deixe de ser exigido, seria necessário que a medida passasse pelo Congresso Nacional. E não faltam projetos de leis que tratam do assunto, porém nenhum foi para a frente. De acordo com José Alberto Simonetti, coordenador nacional do Exame de Ordem, os questionamentos partem daqueles que não conseguem aprovação. "Se, eventualmente, um candidato não alcança a nota depois de muitas tentativas, é claro que. ele vai criticar. Mas até o STF já se posicionou pela constitucionalidade da prova", diz.



"Quanto à possibilidade de acabar, somos céticos. Acreditamos que o Congresso sabe da importância do exame", completa. Para ele, a prova é a melhor forma de aferir se o bacharel em direito tem capacidade de advogar. ''As duas etapas fazem um extrato do que a pessoa aprendeu na faculdade. O advogado não chega pronto. A prática do dia a dia vai levar a uma expertise maior", explica. O Brasil é um dos países com maior número de cursos de direito e de advogados. Ao todo, são mais de 1 milhão de pessoas aptas a defenderem clientes em tribunais. Só no DF, o número de advogados passa de 39 mil. E, a cada dia, mais graduados entram para o mercado. Mais de 1.600 cursos de direito estão autorizados hoje. Boa parte dos graduados não passa no Exame de Ordem. Na última edição com resultado divulgado, dos mais de 36 mil candidatos, somente cerca de 14 mil foram aprovados.

'O desempenho das instituições é muito aquém do esperado. O melhor resultado do DF (veja quadro) é o da Universidade de Brasília (UnB), que obteve 56,99% de aprovação na 26a edição do exame. Foi o único curso brasiliense que com índice acima de 50%. Para José Alberto Simonetti, coordenador nacional do Exame de Ordem, a explicação para a baixa aprovação está na falta de qualidade das graduações. Por isso, a.OAB entrou com um pedido junto ao Ministério da Educação (MEC) para que fosse feita uma averiguação da qualidade dos cursos antes de autorizar novas graduações. "Pelo que sabemos, não atenderam nossa solicitação porque, a cada dia, tem novos cursos aparecendo", lamenta. De acordo com o professor de processo civil da UnB Henrique Araújo Costa, é exatamente essa a explicação por trás da necessidade de haver uma prova para avaliar os bacharéis em direito.

Comparações

"O exame funcionaria como uma peneira. A discussão sobre a necessidade dele vai e volta. E existem argumentos para os dois lados", aponta. "A OAB diz que todos os países avançados têm pro­va semelhante, também que o curso de direito seria insuficiente para a formação de advogados, já. que não existe faculdade de advocacia. Ainda tem ° ponto. de vista do mercado, em que a excesso de oferta abaixa as remunerações. Então, é preciso equilibrar para que quem atua na área tenha um rendimento satisfatório", afirma. Porém, o professor argumenta que essas colocações não são absolutas. "Nenhum país com provas semelhantes tem o nosso tamanho. É um mercado totalmente diferente. Embora a OAB diga que o ponto financeiro não faz diferença' não é nada desprezível o que se arrecada com as inscrições", analisa.

Além disso, o professor não acredita que o teste realmente avalie se o graduado está preparado para o mercado. "Uma faculdade boa reprova, ao menos, uns 25% dos alunos, ou seja, é difícil. Agora não é pelo fato de eliminar muito que o selecionado esteja preparado. Não acho que nenhuma prova consiga fazer isso. Acredito que isso é só um reflexo da baixa qualidade dos candidatos", contrapõe. Apesar disso, o mestre e doutor em direito pela Pontifí­cia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) não acredita que. seja possível acabar com essa exigência. "Os projetos de lei que existem para pôr fim ao teste são a baseados em opiniões. Não tem nenhum estudo. Se tem uma discussão que vai e volta, a tendência é que continue assim, mas 'sem se extinguir", diz.


(Correio Braziliense. Caderno: Trabalho e Formação Profissional. Brasilia-DF, domingo, 12 de maio de 2019).


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